A mega da virada deste ano vai pagar para 8 apostas ganhadoras a quantia de R$ 79.435.770,67 para cada uma. Os ganhadores são 2 de Brasília, 1 de Nova Lima (MG), 2 de Curitiba e 1 de Pinhas (PR), 1 de Osasco e Tupã (SP).
A Quina vai pagar R$ 65.895,79. Para quem acertou só 4 dezenas levará um prêmio de R$ 1.086,04.
As dezenas sorteadas fora: 01, 17, 19, 29, 50, 57.
A arrecadação total chegou quase aos 2 bilhões e 500 milhões de reais.
Tomam posse amanhã para o segundo mandato, o Prefeito Mecinho e o seu (novo) vice Wilame Barros à frente da Prefeitura de São João Batista, em meio a um grande mistério de quem vai compor o novo secretariado. O que se sabe é que alguns secretários e chefes de órgãos já se despediram de seus auxiliares em meio a choros e resignação, enquanto outros vivem o dilema atroz sem saber se continuam a frente de suas pastas.
Diferente de outros prefeitos da região e pelo Estado a fora que já divulgaram seus novos secretários, projetando mudanças para comportar os novos compromissos, o prefeito Mecinho parece meio amedrontado em divulgar as mudanças que já se especula. E ao que parece só no discurso de posse os novos nomes serão revelados.
De novo e já divulgado, até agora, só na Câmara de vereadores, onde não devia ter interferência do Executivo, é que já fora definido o candidato a Presidente que atende ao anseio governista. Trata-se do vereador Simiãozinho, que se reelegeu para um segundo mandato e parece ter tido a “benção de todos” para dirigir o legislativo no 1º biênio desta legislatura.
Toda a programação da posse dos novos vereadores bem como do prefeito e vice-prefeito se dará no final da tarde, a partir das 16 horas, deste dia 1º de janeiro e acontecerá no Ginásio Esportivo Vereador Nonatinho Diniz.
Em meio a tantas incertezas, o que de verdade temos para os novos dirigentes é uma luta crucial para melhorar os índices sociais de qualidade, seja na saúde como na educação. Vale lembrar no que tange a educação, o município amarga ainda os efeitos de uma das últimas colocações no IDEB.
No campo político, além de abrir espaços para os novos aliados, o prefeito terá que cumprir muitos compromissos firmados com seus eleitores. Além disso, no âmbito da Justiça Eleitoral terá de se defender de uma ação impetrada pela coligação liderada por Carlos Figueiredo, segundo colocado nas eleições de outubro, que o acusa de “abuso de poder econômico e político”.
A falta de manutenção da malha viária que serve o Brasil de norte a sul e leste a oeste não se limita apenas aos esburacados percursos em terra firme. Por entre muitas dessas rodovias federais estão pontes metálicas e de concreto armado ou pré-moldado, que passam sobre cursos d’água, desníveis geográficos e áreas alagadas.
No Maranhão, por exemplo, a rodovia BR-135, único acesso rodoviário à Ilha de São Luís, é servida por duas pontes que fazem a ligação com o continente. Os dois elevados erguidos sobre o Estreito dos Mosquitos também sofrem com a ação do tempo, falta de manutenção e excesso de tráfego.
Tanto que em 2005, a chamada Ponte Marcelino Machado, a mais antiga, ficou interditada por meses após a emissão de laudos técnicos apontando riscos de desabamento. Na ocasião, uma mega força-tarefa foi realizada pelo então Ministério da Infraestrutura para sanar o problema estrutural.
De lá pra cá, foram feitas apenas ações paliativas e pintura de seus meios-fios e sinalização de trânsito, através do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Certamente, com a tragédia de Estreito ocorrida no último domingo, o órgão federal ligado ao Ministério dos Transportes vai querer mostrar serviço, solicitando levantamentos sobre as referidas pontes insulares.
Situação precária também está a ponte sobre o Rio Pericumã, em Pinheiro. Fotos e vídeos correm em grupos de WhatsApp mostrando as enormes rachaduras em sua estrutura e as péssimas condições de manutenção. Espera-se que diante da tragédia anunciada que foi essa da Ponte Juscelino Kubitschek, os órgãos competentes averiguem as velhas pontes que cruzam rios e igarapés por todo o Estado do Maranhão.
Se isso for feito, já é um começo de providências para que não se repitam tragédias como esta recém ocorrida.
O corpo da motorista Andreia Maria de Sousa, de 45 anos, foi encontrado pelos bombeiros nesta terça-feira (24). Ela conduzia uma das carretas carregadas com ácido sulfúrico que caiu no Rio Tocantins durante o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek, estrutura que ligava os estados do Tocantins e Maranhão.
Além de Andreia, as equipes de resgate localizaram outras três vítimas fatais. Segundo as autoridades, 13 pessoas seguem desaparecidas.
A tragédia ocorreu no domingo (22), por volta das 14h50, quando o vão central da ponte cedeu. Imagens registradas por testemunhas mostram o momento exato em que a estrutura desmorona enquanto vários veículos trafegavam pelo local.
Relatos emocionados marcam buscas por vítimas
José de Oliveira Fernandes, marido de Andreia, acompanhou as buscas desde o dia do acidente e concedeu uma entrevista comovente à TV Anhanguera. Ele relembrou os últimos momentos ao lado da esposa, com quem se encontrou horas antes do desabamento.
“Ela era minha companheira de estrada, uma pessoa maravilhosa. Dói muito perder alguém assim. Para mim, ainda está viva, não está debaixo d’água”, disse emocionado. José contou que Andreia passou por ele durante o trajeto, entregou-lhe uma marmita e seguiu viagem para cumprir a rota.
“Nos despedimos e ela seguiu rumo à divisa do Pará. Disse que gostaria de chegar ainda no domingo, mas, infelizmente, a viagem dela terminou aqui”, lamentou.
As equipes de resgate seguem mobilizadas na tentativa de localizar os desaparecidos. O desabamento da ponte, situada entre Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), levanta questionamentos sobre as condições estruturais e a fiscalização de obras de grande porte na região.
Era 1988 e teriam eleições municipais naquele ano para uma nova administração que substituiria o então prefeito Chiquitinho Figueiredo que estava encerrando o seu mandato de 6 anos a frente da Prefeitura Municipal de São João Batista. Nessa época o personagem da nossa crônica era apenas um cidadão comum, interiorano, que tentava a vida na capital do estado. Trabalhava como frentista de um posto de combustível.
Certo dia recebeu a visita em seu local de trabalho do seu padrinho, o vereador Zezi Serra que estava acompanhado do médico Dr. Zequinha Soares. Ambos foram convidá-lo para assumir uma candidatura de vereador. Cabeça topou a parada, afinal a política carrega consigo algo inebriante, que nos convence, haja visto ter muitas portas de entrada e quase nenhuma de saída. Para aquelas eleições, o prefeito eleito foi Dr. Zequinha que vencera o candidato do prefeito Chiquitinho, Dr. Tonho Figueiredo. Porém Cabeça não se elegeu, teve apenas minguados 93 votos, uma considerada boa votação para um estreante.
A compensação veio com um emprego de motorista. Cabeça passou a ser o motorista do novo prefeito Zequinha Soares. Nessa época a Baixada inteira já pouco usava o transporte marítimo, que ficou restrito ao transporte de animais. A MA-014 recebia sua primeira camada asfáltica sob o comando do então governador Cafeteira. Muitos dos baixadeiros, em particular os joaninos, se utilizavam do transporte rodoviário para chegar até São Luís. A Expresso Florêncio era a empresa de ônibus que explorava o transporte de passageiros entre a capital e os municípios da Baixada.
Em agosto de 1989, entra no ar um sucesso televisivo no horário nobre das 9 da noite: a novela Tieta. Entre as muitas atrações da novela estava a “Marinete” – um ônibus antigo ano 1957, que fazia o transporte de passageiros entre a cidade de “Santana do Agreste”, cidade fictícia onde se passava a trama do folhetim e a capital Salvador. Por aqui, ocorreu que, como promessa de campanha o prefeito Zequinha Soares adquiriu para a prefeitura um caminhão F-4000, e adaptou para o transporte gratuito de passageiros, em especial aos menos favorecidos, no trajeto interior (São João Batista) – capital – interior. O pau-de-arara recebeu o carinhoso codinome de “Marinete”. O motorista indicado para dirigir este caminhão não foi outro a não ser Cabeça de Pedro Penha, como era identificado.
Sempre prestativo e num constante contato com o povo que fazia uso deste serviço, a “marinete” e o motorista Cabeça ganharam popularidade. Bem aqui começa a história e engajamento da carreira politica do vereador Cabeça, pois nas eleições vindouras de 1992, ele surpreendeu com a maior votação para aquela época, garantindo assim o seu primeiro mandato parlamentar para a legislatura de 1993 a 1996.
A partir daí, com a sagacidade e a vivência que lhe são peculiares, Cabeça emendou 6 mandatos seguidos. De 1997 a 2000 (segundo mandato), de 2001 a 2004 (terceiro mandato), de 2005 a 2008 (quarto mandato), de 2009 a 2012 (quinto mandato), de 2013 a 2016 (sexto mandato) e de 2017 a 2020 (sétimo mandato). Este feito até então pertencia ao ex-vereador Santinho Gomes, que igualmente teve 7 mandatos de vereador.
Em cumprimento do seu sétimo mandato, no segundo biênio, o vereador Cabeça foi eleito pelos seus pares como Presidente da Câmara, onde desenvolveu um excelente trabalho à frente do legislativo municipal. Entretanto acometido por problemas de saúde e tendo perdido o seu irmão e grande incentivador de suas campanhas políticas, não logrou êxito nas eleições para o mandato de 2021 a 2024, ficando assim adiado o seu recorde de legislaturas. Recomposto, o velho militante político voltou a cena nas eleições municipais deste ano, e reouve mais uma vez uma vaga no parlamento municipal, onde cumprirá seu oitavo mandato de 2025 a 2028.
Diante do exposto, é notório que a história política de São João Batista já rende homenagem ao seu campeão de mandatos legislativos até aqui, o vereador Francisco Furtado Penha, mais conhecido como Cabeça. Doravante, ao ver e entender de alguns que conhecem da política local e, se a experiência for majestade e o bom senso prevalecer, o experiente vereador está mais do que cacifado para novamente presidir a câmara legislativa nesse primeiro biênio da próxima legislatura.
A eleição para a nova mesa diretora da Câmara de vereadores ocorrerá no dia 1º de janeiro, quando tomarão posse o Prefeito reeleito Mecinho Soares e os novos vereadores. As tratativas já começaram, e o vereador Cabeça, diante de sua história, é nome posto.
Como não poderia deixar de agir, o representante do Ministério público afastou a servidora que se beneficiou de esquema de compra de veículos com descontos destinados a taxistas. Esse esquema que segundo alguns já é antigo em terras maranhenses veio à tona ontem em reportagem especial do Fantástico.
Em nota publicada no início da tarde desta segunda-feira, 16, o Procurador-Geral de Justiça do Maranhão, Danilo José de Castro, informou que uma servidora do Ministério Público estadual, citada em uma reportagem do programa Fantástico da Rede Globo de televisão, ontem, já foi exonerada do cargo.
Trata-se de uma investigação conduzida pelo MPMA que revelou um esquema de corrupção e sonegação de impostos envolvendo servidores públicos, empresários e profissionais liberais no estado.
O esquema consistia no uso irregular de alvarás de taxistas para a compra de veículos com isenções fiscais que chegavam a R$ 20 mil por unidade.
De acordo com o Ministério Público do Maranhão, de 2020 até agora, cerca de 10 mil veículos foram adquiridos com isenção de impostos, mas 35% apresentam indícios de irregularidades.
Embora oficialmente cadastrados como táxis, esses automóveis são utilizados como carros particulares, sem jamais terem sido empregados no transporte de passageiros.
Confira a seguir da nota do Procurador-geral, sobre a exoneração.
Em relação ao esquema de fraude de taxistas investigado pelo Ministério Público do Maranhão e divulgado em reportagem nacional neste domingo (15), a Procuradoria-Geral de Justiça informa que a servidora citada já foi exonerada.
Informa ainda que o órgão está realizando investigação interna e, caso sejam apuradas novas ocorrências, os envolvidos também serão afastados de suas funções.
O Ministério Público do Maranhão continuará apurando os fatos e tomando as medidas cabíveis, inclusive criminalmente.
Danilo José de Castro Ferreira Procurador-Geral de Justiça
Não deu outra. O governador do Maranhão, Carlos Brandão, anunciou o afastamento do comandante-geral da Polícia Militar do Estado, coronel Paulo Fernando, após policiais maranhenses terem sido citados em uma investigação sobre a suposta aquisição de placas ilegais de táxi. A decisão foi tomada em meio à repercussão do caso, que foi destaque em uma reportagem exibida no programa Fantástico neste último domingo, 15.
Carlos Brandão, além de afastar outros policiais citados na reportagem, enfatizou que o caso será apurado com todo o rigor necessário, reforçando o compromisso do governo estadual com a transparência e a legalidade.
Em substituição ao coronel Paulo Fernando, assume o comando-geral da Polícia Militar do Maranhão o coronel Pitágoras Mendes Nunes.
O governador destacou a importância de manter a confiança nas instituições e reiterou que eventuais irregularidades serão tratadas com a seriedade devida. Doravante, é preciso que os outros órgãos que abrigam aqueles que se beneficiaram dessa “maracutaia” ajam com o mesmo rigor que o caso exige.
A jornalista Jacqueline Heluy, com mais de 30 anos de trabalho na Assembleia Legislativa do Maranhão (ALEMA), foi exonerada por decisão do ministro Alexandre de Moraes (STF) em um caso polêmico de nepotismo cruzado. A ação, baseada na Súmula Vinculante nº 13 do STF, foi movida pelo deputado estadual Othelino Neto (Solidariedade), que alegou vínculos familiares entre Jacqueline e o governador Carlos Brandão.
Contudo, a relação apontada — “mãe da esposa do filho do irmão do governador” — não se enquadra nos graus de parentesco previstos na Súmula Vinculante nº 13, que define nepotismo como a nomeação de parentes até o terceiro grau para cargos em comissão ou de confiança. Especialistas jurídicos afirmam que o caso foi interpretado de maneira equivocada e acusam Othelino de usar a ação para prejudicar politicamente tanto a jornalista quanto o governo estadual.
Além disso, Jacqueline Heluy não possui qualquer vínculo com a atual presidente da ALEMA, Iracema Vale, o que enfraquece ainda mais as acusações. Reconhecida por sua dedicação e imparcialidade, a jornalista é amplamente respeitada no meio legislativo, o que torna o episódio ainda mais controverso.
A decisão de Moraes foi amplamente criticada pela falta de análise detalhada das provas, levantando questionamentos sobre o uso do sistema judicial em disputas políticas. Jacqueline, que construiu uma carreira sólida no Legislativo maranhense, aguarda desdobramentos jurídicos que possam corrigir a medida e restaurar sua posição.
Parece mais um jogo de poder do que uma real preocupação com a lei. Quem sai perdendo é a sociedade, que assiste às instituições públicas sendo transformadas em palco para disputas e manobras políticas.
Conheci Benito Filho ainda menino. Eu era um pouco mais velho que ele e, embora morássemos em lugares diferentes (ele na sede, e eu no Ibacazinho, a 4 quilômetros), era presença constante na sua casa, por força dos hábitos do meu pai, que, toda semana, recorria à mercearia do seu Benito (pai), para abastecer nossa casa de gêneros de primeira necessidade.
Em 1988 Carrinho Cidreira, meu primo, decidiu entrar para a política partidária, concorrendo à Câmara Municipal, junto com Benito Filho. Eleitos vereadores, Carrinho e Benito marcariam aquela legislatura com uma atuação independente, que priorizava o interesse público e as demandas dos segmentos mais necessitados.
Foi a partir de então que eu e Benito nos aproximamos um do outro e passamos a ter uma convivência fraterna, fortalecida pela visão de vida em comum. Em 1989, então chefe de redação do Jornal de Hoje, decidi fundar um jornal em Viana, sem qualquer ligação com a administração pública – um veículo que representasse a voz dos oprimidos e cobrasse dos poderes constituídos o atendimento de seus direitos.
Nascia assim o CIDADE DE VIANA, que teve a adesão de primeira hora de Benito e Carrinho, e um pouco adiante receberia também o apoio irrestrito do Padre Eider, figura lendária da cidade.
O incentivo de Benito vinha de todas as formas. Seja repercutindo na tribuna as matérias publicadas no jornal, seja ajudando a vender seus exemplares, ou mesmo oferecendo apoio logístico. Não raro hospedava na casa dos seus pais as equipes do jornal, em serviço. Também acompanhava repórteres e fotógrafos no cumprimento das pautas, além de sugerir fontes para serem entrevistadas. O tempo passou e a nossa relação, que era de amizade, assumiu ares de irmandade.
Em 2017 fiz minha estreia na literatura, lançando o romance Lipe e Juliana, no auditório da Livraria AMEI, em São Luís. Dias depois ele mandaria uma mensagem de felicitação, com a proposta de fazer uma campanha de divulgação do livro no Sistema Maracu, com o sorteio de exemplares da obra e entrevistas com o autor.
Um ano depois publiquei o segundo romance: A Saga de Amaralinda, ambientado no rio Maracu. No dia seguinte ao lançamento, Expedito Moraes entrou em contato comigo, para que fôssemos ao encontro de Benito, na casa dele. Ao chegar ele já foi me perguntando: “Por que você não lança esse teu livro em Viana?” Eu respondi que me faltava apoio logístico. Ao que ele anunciou: “Pois agora você tem! Eu e o Expedito vamos cuidar de tudo. Você só precisa comparecer para a apresentação”.
E foi assim, graças a ele e ao Expedito, que um dos livros mais identificados com os valores da Baixada foi lançado para os vianenses na Biblioteca Municipal da cidade.
Benito era um cara de bem com a vida. Nossas trocas de mensagens tinham o selo do senso de humor e da camaradagem. Sempre que solicitava espaço na Rádio Maracu, para divulgar minhas obras, ele respondia invariavelmente: “Você não precisa me pedir nada. Vá lá e fale. A Rádio é sua”. E no arremate, a gozação típica: “Você manda nesta chibata”.
No dia 26 de agosto último, ele me mandou mensagem para atualizar nossas conversas. Disse que viajara ao Pará com “Dr. Gaspar”, Nonato Aroucha e Ezequiel Gomes. “Levei a turma no Marajó (…). Eles criam búfalos e foram ver como são importantes lá, e podem ser por aqui também (…) Leite, doces, queijo, turismo (…) Eu não crio nem galinhas”.
No começo de novembro eu lhe mandei uma fotografia de Marselha, no Sul da França, onde fazia uma excursão. Ele comentou: “Aproveite. Já estive nesse caminho. Muito bonito (…) Estive há dois anos em Israel e Palestina. Muito bom na época”. Foi o nosso último contato. Estranhei o fato de ele ter deixado em aberto o meu comentário final dessa conversa: “Você é outro departamento… Viajado e escovado kk”.
Ficar sem a presença luminosa de Benito, o seu senso de humor inabalável… assim tão de repente, abrupto … é algo que nos impõe o silêncio. Difícil não lembrar Renato Russo e a sua belíssima Love In The Afternoon:
“(…) Eu continuo aqui /Meu trabalho e meus amigos /E me lembro de você / Dias assim / Dia de chuva /Dia de Sol/ E o que sinto não sei dizer”
Centenas de vianenses se reuniram no último domingo (08) para prestar as últimas homenagens ao ex-prefeito, empresário e diretor do Sistema Maracu de Rádio e Televisão, Benito Coelho Filho, que faleceu no sábado (07) em São Luís.
Quis o destino que Benito recebesse as suas últimas homenagens na terra, no dia 08 de Dezembro, Dia de Nossa Senhora da Conceição, Padroeira de Viana.
Nas redes sociais, amigos e admiradores se emocionaram ao falar do empresário que era muito querido pela família e por todos que faziam parte do seu circulo de amizades.
“A despedida é muito triste, mas é também um momento para recordarmos com amor uma pessoa muito especial, um grande amigo de infância que não está mais entre nós. Era um homem justo e carinhoso, que se doava pela família e pelos amigos mais chegados! Que o seu legado possa continuar regando as sementes que ele plantou em todos os corações daqueles que tiveram a oportunidade de conviver com ele! Vá com Deus, meu amigo Benitinho”,lamentou o pecuarista Sebastião Furtado Filho, o Bazinho.
Velório e homenagens
O corpo de Benito chegou a Viana às 3h da madrugada de domingo, e seguiu direto para a residência da sua mãe, Dona Celeste Coelho, na Rua Egídio Rocha, no bairro Barreirinha.
Pela manhã, a família recebeu muitas visitas, e foi realizado um ato religioso.
Às 15h o corpo seguiu para a Câmara de Vereadores, onde recebeu homenagens oficiais da prefeitura, dos vereadores, secretários municipais, familiares e da população em geral.
Uma missa foi celebrada pelo Bispo Dom Paulo Polidoro, da Igreja Católica Apostólica Brasileira, e pelo Padre Augusto César de Santana Salgueiro, da Paróquia de Nazaré.
Multidão acompanha o corpo de Benito Filho, em sua despedida
Em seguida, o prefeito Carrinho Cidreira se manifestou, relembrando os mandatos de vereador, que exerceu junto com Benito. “Benito deixa uma lacuna muito grande, entre seus familiares, amigos e admiradores. O seu legado jamais será esquecido, como ex-vereador, ex-vice-prefeito, prefeito, empresário e diretor do Sistema Maracu de Comunicação. Sou grato a Deus por ter convido com esse grande amigo, companheiro político e por dividir lutas eleitorais e por benefícios em favor do povo de Viana”,afirmou o gestor vianense.
Um dos depoimentos mais emocionantes coube à Presidente da Câmara, a vereadora Laurifrancy Gomes, sobrinha de Benito. A parlamentar, muito emocionada, elogiou o tio e lamentou a falta que ele deixa entre os seus familiares. “Eu perdi um professor, eu perdi um herói, um pai; eu sempre quis ser igual a ele. Eu fui ser vereadora para ser igual a ele. Tio Benito deixa um legado; deixava de ter as coisas pra ele para ajudar o próximo. Eu vou lutar para fazer um projeto dentro daquilo que você quis: ajudar o povo. Durante os próximos quatro anos, mês por mês, a gente vai fazer algo que lembre o Benito Filho”,Concluiu Laurifrancy.
O cortejo seguiu pela Rua Egídio Rocha, parou por alguns minutos em frente à residência dos seus pais, e às 17h45, o corpo foi sepultado no Cemitério Municipal São Sebastião, sob uma forte salva de palmas.
Um idealista, um sonhador
Benito Filho, por força da sua ocupação de empresário e de comunicador, conhecia praticamente todo o Maranhão; conheceu quase todos os estados brasileiros e alguns países da América Latina. E, por onde pisava, fazia questão de exaltar a sua nacionalidade, naturalidade de Viana e da Baixada Maranhense.
Como político e empresário, Realizou centenas de ações que beneficiaram seus conterrâneos, amigos e a Baixada. Sempre colocou o Sistema Maracu à disposição para divulgar a sua região, principalmente as obras e benefícios, o esporte e a cultura.
Em Viana, realizou de forma pioneira, Festivais de Música, apoiava a tradicional Festa da Barrerinha e incentivou jovens a criar bandas de música, doando instrumentos.
Colaborou na pesquisa e na elaboração do projeto de construção da sede da Academia Vianense de Letras (AVL) e foi reconhecido em vida pela AVL com o Diploma de Honra ao Mérito vianense.
Quando vice-prefeito em 2012, assinou a minuta que garantiu a implantação do IFMA em Viana, e se empenhou para que a Câmara de Vereadores aprovasse o recurso para a compra do terreno, no qual está funcionando esse importante Centro de Ensino Técnico em Viana.
Como político experiente, também atuava como consultor e realizava pesquisas em muitos municípios, dando diagnósticos corretos e precisos, proporcionado tomadas de decisões de muitos candidatos que sonhavam garantir sucesso e vitórias na carreira.
Todos os seus amigos e pessoas próximas, reconhecem o caráter bondoso, amigo e prestativo de Benito. Ultimamente, também se dedicava como membro do Fórum em Defesa da Baixada Maranhense, como assíduo participante das reuniões, viagens e ações para destacar a região e buscar melhorias para a população.
Deixa um grande legado de trabalho e realizações; saudades e belas recordações a todos que tiveram a oportunidade de conviver com ele.