O vice-governador do Maranhão, Felipe Camarão (PT), segue demonstrando, na teoria e na prática, que deseja a unidade e pacificação do grupo político comandado atualmente pelo governador Carlos Brandão (PSB).

Na semana passada, Camarão afirmou categoricamente que “quem é oposição ao governador é oposição a mim também”, ao comentar sobre alguns deputados ligados ao ex-governador e atual ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino, e que estariam na Oposição ao Governo Brandão.

Já nesta semana, ao saber da informação do surgimento de um Bloco de Oposição na Assembleia Legislativa com seis  parlamentares, sendo quatro do PCdoB e dois do Solidariedade, apesar do presidente do PCdoB no Maranhão e deputado federal, Márcio Jerry, negar ser um bloco oposicionista, Camarão fez um questionamento pertinente.

“Se a junção com o Solidariedade foi apenas para atingir seis deputados e formar um bloco, porque não unir o PCdoB com o Podemos?”, questionou o Camarão.

O questionamento, em tom de cobrança de Camarão, deixa claro que a ideia agora é separar o “joio do trigo”, ou seja, deixar claro quem é oposição ao Governo Brandão, como os dois deputados do Solidariedade – Othelino Neto e Fernando Braide – e quem não é.

É aguardar e conferir, mas Camarão segue na árdua luta por unidade e pacificação

Com informações do Blog do Jorge Aragão.

INACREDITÁVEL. Parece brincadeira. O reajuste de 7% concedido pelo governador Carlos Brandão e festejado com estardalhaço pela cúpula governista e enviada para a Assembleia Legislativa através de Medida Provisória revelou aos Professores uma desagradável surpresa.

No texto da Medida Provisória passa despercebido o golpe de maldade, pois não faz referência à redução do percentual da GAM (Gratificação de Apoio ao Magistério). Entretanto quando se observa a tabela com os novos salários (Anexo da MP) é estarrecedor. O percentual da GAM que era de 120,32%, pagos agora em janeiro, reduz absurdamente para 89%. Ou seja, os professionais do Magistério em vez de terem seus salários aumentados, terão seus vencimentos reduzidos.

A classe, estarrecida, espera uma explicação urgente para tamanha aberração.

Por Ana Lúcia Moreno (*)

O Centro de Ensino Acrísio Figueiredo celebra, hoje, uma conquista memorável: nossos alunos do terceiro ano lograram aprovação no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), sendo classificados em prestigiadas universidades públicas do estado do Maranhão. Destacamos os nomes de Suellen Cíntia, Adriane Frazão, Maria Luiza e Ghyller José, sendo que três deles optaram por cursos na área da educação — Letras, Física e Biologia. Adriane, por sua vez, enveredou para o campo da saúde, sendo aprovada em Farmácia.

Embora muitos possam subestimar esse feito, considerando a desvalorização histórica da profissão docente no Brasil, é fundamental lembrar as palavras de Paulo Freire, abordadas em nossa jornada pedagógica de hoje, sobre a educação libertadora: “Os sonhos possíveis nascem do compromisso com a transformação da realidade.” O papel do professor, imprescindível para a sociedade, enfrenta um período de escassez, motivo pelo qual o governo federal tem buscado incentivar, de diversas formas, a manutenção dessa carreira vital, que jamais deve desaparecer.

O Centro de Ensino Acrísio Figueiredo sempre foi um celeiro de grandes profissionais. Ao longo dos anos, aqui se formaram médicos, advogados, nutricionistas, historiadores, geógrafos, estudiosos da literatura e tantos outros profissionais que honram suas áreas de atuação. Contudo, apesar dessa trajetória de excelência, a escola ainda enfrenta o descaso dos governantes, mantendo-se à margem das prioridades educacionais.

Atualmente, a infraestrutura do Acrísio Figueiredo encontra-se em estado crítico: o teto apresenta sérios problemas, há carência de ampliação, climatização, laboratórios e equipamentos tecnológicos adequados. É imperativo que se ofereça um ambiente saudável e propício tanto para o aprendizado quanto para o trabalho docente. Se são números que os governantes necessitam para justificar investimentos, esta escola os tem de sobra: contamos com profissionais altamente capacitados e estudantes determinados, cujos esforços nos enchem de orgulho. Prova disso são os resultados obtidos por nossos alunos. Além das aprovações mencionadas, outros 12 estudantes alcançaram médias extraordinárias na redação do Enem, variando entre 720 e 960 pontos, competindo de igual para igual com alunos de instituições particulares.

Vale ressaltar que a maioria desses jovens iniciou sua trajetória acadêmica na Unidade Integrada Ateniense, consolidando sua formação no ensino médio do Acrísio Figueiredo. Assim, o protagonismo juvenil, amplamente discutido no contexto do Novo Ensino Médio, encontra plena realização nesta escola.

Que os olhos do poder público se voltem para o Centro de Ensino Acrísio Figueiredo, uma instituição que tanto contribuiu e continua a contribuir para a sociedade joanina, maranhense e brasileira. Que os investimentos necessários sejam feitos, permitindo que essa escola perpetue sua história de transformação e excelência, inspirando futuras gerações.

(*) Professora do C. E. Acrísio Figueiredo

A população clama pelo fim da violência em todo o Estado do Maranhão e já pede até a substituição do atual Secretário de Segurança.

Uma onda de arrombamentos e assaltos tomou conta de São Luís neste final de semana. Os registros foram do Jaracati ao João Paulo, passando pelo São Francisco e pela região da Lagoa da Jansen. 

A ocorrência mais recente foi na madrugada de segunda-feira (27), onde criminosos teriam aproveitado a realização de obras de um supermercado no São Luís Shopping para invadir uma joalheria no local. Não foi informado o prejuízo que a ação criminosa teria causado ao estabelecimento. 

Na mesma madrugada, uma loja de celulares no bairro do João Paulo também foi invadida por um suspeito, que não deixou sequer a câmera que registrou apenas a entrada dele no estabelecimento. O comerciante ainda calcula os prejuízos. Nas primeiras horas de domingo (26), um motel na região da Lagoa da Jansen foi alvo de bandidos, que levaram celulares e joias dos frequentadores, dinheiro do caixa e televisores do estabelecimento e uma chave de motocicleta, além de fugirem no carro de um dos clientes. 

Por fim, no São Francisco, uma concessionária foi vandalizada e, segundo o proprietário, mais de trinta veículos elétricos foram levados.  Essa informação passada pelo proprietário através de vídeo viralizado em rede social causou espanto em quem assistiu.

Tudo isso ratifica o “estado de insegurança” que vive o Maranhão, em especial a região da Baixada Maranhense, que está sendo chamada  de “A Medelin do Maranhão”, numa clara alusão à cidade de Medelin, na Colômbia, vivida nos anos 80 e 90, na era Pablo Escobar.

Críticos e setores da população até já pedem a substituição do fraco Secretário de Segurança, Delegado Maurício Martins, numa já anunciada reforma administrativa do governo Brandão. Se substituindo ou não o Secretário, o certo é que a segurança precisa prevalecer, pois a população não aguenta mais tanta insegurança e violência.

O pagamento do reajuste de 6,5%, com efeito a partir de janeiro, dependerá agora da apreciação e aprovação da Câmara Municipal de São Luís.

O prefeito Eduardo Braide anunciou o reajuste salarial de 6,5% para professores da rede municipal de ensino, na tarde desta última segunda-feira (20), durante abertura da Jornada Pedagógica 2025, que encerra nesta terça-feira (21).

O percentual anunciado está acima da inflação e do percentual definido pelo Governo Federal para o Piso Nacional do Magistério. O pagamento do reajuste de 6,5%, com efeito a partir de janeiro, dependerá agora da apreciação e aprovação da Câmara Municipal de São Luís.

Na oportunidade, o prefeito assinou atos normativos, deste e de outros direitos estatutários para a categoria, e falou sobre a importância da valorização dos profissionais que trabalham na Educação de São Luís. “Sei que a educação é feita com o trabalho de várias pessoas, mas nenhuma é mais importante do que o professor em sala de aula, tamanha é a importância e a experiência do transferir o conhecimento, a vivência”, disse o gestor.

O prefeito relembrou que, ao assumir a Prefeitura em seu primeiro mandato, em janeiro de 2021, os professores da rede municipal estavam há quatro anos sem reajuste. Naquele ano, por conta da lei federal em razão da pandemia, não foi possível reajustar os salários da categoria.

“Mas, recentemente, foi promulgado o percentual de reajuste do piso dos professores em 6,27% e nenhuma capital, até agora, anunciou reajuste dos professores. Mas o meu compromisso com a educação e com os professores está acima da inflação e do reajuste do piso, e mesmo diante de toda dificuldade nós pagaremos aos professores 6,5%. É assim que a gente entende a forma de trabalhar e reconhecer a educação”, anunciou o prefeito, Eduardo Braide.  

Entre os decretos anunciados e assinados pelo prefeito, além do reajuste salarial, estão os das progressões horizontais e verticais, das titulações, da estabilidade de 1.265 profissionais, que já estarão implantados no contracheque do mês de fevereiro.

Até o mês de março, será assinado também o decreto que regulamentará o Prêmio de Desempenho Educacional, para reconhecer professores que tiveram o trabalho de destaque na sala de aula. O prefeito falou ainda da criação, até o final deste ano, de um Centro de Formação de Referência.

Todo o investimento da Prefeitura em Educação tem gerado bons frutos, o que possibilitou que a capital subisse na classificação do Índice do Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), tendo alcançado a maior nota na história do Município, que saiu da 23ª posição para 11ª entre as capitais brasileiras.

Resta agora o governador Carlos Brandão se manifestar com relação ao reajuste e a recomposição salarial dos professores da rede estadual, bem como os demais prefeitos das cidades maranhenses, uma vez que a data base é janeiro.

Fonte: O Imparcial (com adaptações).

Por Valmir Abreu

Em meio aos rincões mais sofridos do nosso Estado, onde a vulnerabilidade social é gritante e a voz dos mais necessitados encontra-se abafada pela falta de acesso à educação e oportunidades, surge a figura de político que personifica o oportunismo. Cidadão, ciente das dificuldades que assolam as comunidades mais carentes, utiliza sua posição de médico, profissão que naturalmente inspira confiança, para transformar a pobreza e a fé do povo em trampolins para seus próprios interesses políticos.

O pequeno município de São Pedro dos Crentes, com população reduzida, grande parcela de analfabetos e profundamente religiosa, que o então médico da cidade, decidiu lançar- se na política. Valendo-se da influência que sua profissão lhe concedia, candidatou-se a prefeito e, com apenas 1.856 votos, alcançou a vitória. O que para muitos poderia parecer uma conquista democrática revela, na verdade, uma estratégia calculada: explorar as fragilidades de uma população desassistida para conquistar o poder.

Durante seu mandato, o discurso de comprometimento com as causas populares revelou- se apenas mais uma fachada. Ao invés de investir na transformação estrutural da cidade ou na emancipação de seu povo, a prioridade foi consolidar sua imagem e preparar terreno para voos mais altos. Reeleito pela mesma lógica, abandonou o cargo para buscar novos horizontes políticos, movido mais pela ambição do que pela responsabilidade de quem se comprometeu a servir.

Agora, em mais um capítulo dessa trajetória, o mesmo político volta a utilizar sua estratégia conhecida: mira a cidade de Marajá do Sena – mais pobre do Estado, onde as feridas da desigualdade estão mais expostas. Nessa nova arena, busca lançar sua pré- candidatura ao governo do Maranhão para 2026, aproveitando-se novamente da carência de um povo que anseia por líderes verdadeiramente comprometidos com suas demandas.

É impossível ignorar o padrão. Este não é o retrato de um líder que transforma dificuldades em oportunidades para a coletividade, mas de alguém que manipula a miséria alheia como ferramenta para alimentar suas próprias ambições. Em vez de agir como um instrumento de mudança, torna-se um perpetuador do sistema que aprisiona as pessoas em condições subumanas.

A política, quando usada de maneira tão perversa, deixa de ser um meio de servir e passa a ser um caminho de exploração. É fundamental que a sociedade esteja atenta a esses movimentos e não permita que a esperança de quem mais precisa seja usada como moeda de troca para projetos pessoais. O Maranhão, rico em cultura, história e força popular, merece líderes que enxerguem o povo como fim, e não como meio.

É óbvio que é mais difícil reconstruir uma unidade do que construir, afinal algo não previsto ocorreu para um distanciamento. No entanto, para ocorrer unidade e pacificação dentro de um grupo político, é preciso que muitos queiram e demonstrem interesse.

O vice-governador do Maranhão, Felipe Camarão (PT), tem deixado claro o seu posicionamento e não apenas na teoria, tem feito sua parte também na prática, mas segue sendo um dos poucos.

Camarão, recentemente, trocou afagos com o governador Carlos Brandão; postou foto ao lado do presidente do MDB no Maranhão, Marcus Brandão, falando de amizade; fez reuniões buscando unidade para Famem; trouxe para a vice-governadoria o seu homem de confiança, Anderson Lindoso, que ainda estava na Secretaria de Educação, deixando a pasta por inteiro à disposição do governador.

Na contramão de Camarão, aparece com muita força o deputado federal Márcio Jerry (PCdoB), que, recentemente, deu uma cutucada desnecessária em Brandão, após divulgação de pesquisa com aprovação do governador; depois cobrou atitudes de brandonistas para a unidade e pacificação; e logo no dia seguinte, postou uma reprimenda pública para vice-prefeita de Paço do Lumiar, Mariana Brandão (MDB), que é sobrinha do governador e filha de Marcus Brandão.

Se quisesse de fato uma unidade e pacificação, Jerry teria ligado para a própria Mariana pedindo que ela pudesse corrigir algo que ele entendeu estar equivocado, mas preferiu seguir “esticando a corda” e ainda apagou a resposta da vice, que inclusive citava e parabenizava o ex-governador Flávio Dino.

Vale lembrar que, no dia anterior, o deputado estadual Carlos Lula fez uma postagem equivocada, depois retirada, que atingia o Governo Brandão, mas nenhum brandonista partiu para cima do parlamentar publicamente, como Jerry fez.

E assim tem sido a tônica na tentativa de unidade e pacificação do grupo político, uns querem e outros não…

Do Blog de Jorge Aragão

Enquanto Dinistas e Brandonistas brigam como “gato e rato”, os eleitores maranhenses vão manifestando suas intenções de voto para as eleições de governador em 2026. O cenário que se apresenta é plenamente possível, bastando para tanto uma boa aliança com os envolvidos. Senão vejamos.

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Conceito avaliou as intenções de voto para os cargos de governador e senador do Maranhão nas eleições de 2026. O levantamento, realizado entre os dias 26 e 31 de dezembro de 2024, ouviu mais de 1 mil pessoas, em 47 municípios maranhenses, e revelou uma liderança expressiva do prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), na disputa pelo Governo do Estado, além de um cenário embolado para o Senado.

No cenário estimulado para governador, Braide aparece na liderança, com 34,6% das intenções de voto – destaque para os 73,2% na Região Metropolitana de São Luís. Ele é seguido pelo ex-prefeito de São Pedro dos Crentes Lahesio Bonfim (Novo), com 17,5%. O ex-senador Roberto Rocha aparece em terceiro lugar, com 15,3%, seguido pelo vice-governador Felipe Camarão (PT), com 14,1%. A atual presidente da Assembleia Legislativa, Iracema Vale (PSB), tem 2,2%. Indecisos, nulos e brancos somam 15,7%.

Para o Senado, a consulta é liderada pelo senador Weverton Rocha (PDT), que aparece à frente em todos os cenários estimulados. O governador Carlos Brandão (PSB) ocupa a segunda posição quando incluído na pesquisa. Porém, quando Brandão é retirado do cenário, a senadora Eliziane Gama (PSD) assume a segunda colocação. Uma surpresa foi o desempenho do ex-prefeito de Santa Rita, Hilton Gonçalo (Mobiliza), que pontuou perto dos 20% das intenções de voto, consolidando-se como um nome relevante na disputa.

A pesquisa do Instituto Conceito reforça a importância de lideranças locais e estaduais no cenário político maranhense e antecipa uma eleição competitiva tanto para o governo quanto para o Senado em 2026.

Por Valmir Abreu

Certa vez, em tempos de grandes decisões, um político se viu diante de um dilema quase shakespeariano: “Ficar ou não ficar, eis a questão.”

Naquele momento, com os holofotes voltados para ele, os murmúrios se espalhavam pelos corredores do poder. Uns apostavam que ele daria espaço ao “crustáceo” – “o fiel escudeiro que aguarda sua vez” – enquanto outros juravam que ele tinha planos para a câmara alta do Brasil.

Mas então, numa tarde ensolarada, nas margens do rio Pericumã – baixada maranhense – ele decidiu canalizar o espírito de Dom Pedro I, que em  9 de janeiro de 1822, há 203 anos, declarou com peito estufado:

“Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, diga ao povo que fico!”

No entanto, este político moderno “passado na casca do alho” como se diz aqui no Nordeste, sabe como ser enigmático.

Em sua declaração, soltou algo como:

“Minha missão é maior do que cargos e títulos. Tenho responsabilidades com o povo, com a gestão, e com as ideias que me trouxeram até aqui. O futuro? Bem, o futuro a Deus pertence… e aos estrategistas políticos também!”.

Deixou no ar, como que pendurando a decisão em um varal de incertezas.

Ficará até o fim, liderando com força e firmeza? Ou será que esta fala é um ensaio para uma despedida heróica rumo a novos desafios?

Enquanto isso, o “crustáceo” – sempre elegante e educado – aguarda, sorrindo de canto, como quem pensa: “Se ele for, já estou aqui. Se ficar, continuarei aqui também”.

No final, a plateia, composta de eleitores curiosos, ficou com a dúvida que alimenta o cenário político desde 2022: quem realmente fica e quem só está de passagem?

Porque, sejamos francos, na política, o “fico” pode ser tão transitório quanto o “vou”.

E a cadeira do poder não gosta de ficar vazia por muito tempo…

Lembrete: O dia 9 de janeiro de 1822 entrou para a história como o dia em que Dom Pedro I publicamente declarou que ficaria no Brasil e não retornaria para Portugal.